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Apucarana.

Origem do nome Apucarana:

Seu nome origina-se da Serra de Apucarana, com matas, parecida com a cidade de Apucarana (naquele tempo). Palavra "APÓ-CAARÃ-ANÃ", que significa: "APÓ"= base, "CAARÃ"= semelhante à floresta e "ANÃ"= imensa.

Bandeira Municipal:

A lei n° 28/68, de 03 de junho de 1968 aficializou os símbolos de nossa cidade. A nossa bandeira está aquartelada em cruz, sendo os quartéis brancos, constituidos por faixas que se entrecruzam no sentido horizontal e vertical, nas côres alternadas de azul e vermelho, onde o Brazão Municipal é aplicado.

Hino de Apucarana:

Letra e música de:

Antonio Ivo Lenartovicz

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Salve, salve, Apucarana juvenil a se formar.

Tu estás entre as maiores cidades do Paraná.

Linda indígena elevada, és pendão a tremular,

orgulhando teu planalto, és tesouro nacional.

 

Estribilho: SALVE, SALVE, APUCARANA

PELO TEU SER SEMPRE NOVO.

REINA EM TI O AMOR DE DEUS

PELA FÉ DESTE TEU POVO.

 

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O teu nome, Apucarana, orinou-se das serras

E das florestas imensas que cobriam tua terra.

Teu brazão bem descritivo, distintivo coroado.

Tricolor é tua bandeira, sinal bem representado

 

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As matas que a natureza fez do seu solo a brotar

Com labor de raças fortes deu lugar aos cafezais,

Do teu seio hospitaleiro podemos no orgulhar.

Nossos heróis pioneiros na história vão ficar.

 

Aspectos Físicos e Geográficos:

1. Fisiografia- Apucarana está situada na zona fisiográfica do Ivaí, no cruzamento da coluna vertebral da economia brasileira, compreendida pelos entrocamentos Rio-São Paulo - APUCARANA - Porto Mendes e eixo principal da economia paranaense, Paranaguá-Curitiba-APUCARANA-Porto São José.

2. Geografia- A sede municipal tem as seguintes coordenadas geográficas:

Latitude: 23°31'30"

Longitude: 51º24'20"

O Trópico de Capricórnio passa ao Norte do território do Município, nas imediações do Distrito de São Paulo.

3. Geologia- A principal característica é a presença de solos lateríticos, formado na rocha mater, produzido pela decomposição vulcânica (derrames de TRAPP). este solo de argila-limoso, comumente chamado de ""TERRA ROXA", de cor marrom-avermelhada, é de boa qualidade.

4. Hidrografia- A hidrografia assume características ímpares, dada a localização do perímetro urbano sobre um espigão divisor de três bacias. Há nas cercanias da cidade, as nascentes de numerosos cursos de água: Norte (Rio Ouro Fino e Rio Pirapó); Sul (Ribeirão Barra Nova e Ribeirão Biguaçu); Leste (Ribeirão da Raposa e Ribeirão do Cerne) e Oeste (Córregos Jurema, Iptguá e Araranguá). Além desses, cortam o Município os Rios Barra Nova, Pirapó, Rio Bom, Rio Jacuaca e Taquara. O centro urbano assenta-se exatamente sobre o divisor dessas três bacias.

5. Topografia- Relevo ondulado, com declividade acentuada ao Norte e ao Sul nas bacias dos cursos de água, encontra-se na borda do terceiro planalto paranaense. O divisor principal de águas (marcado pelo percurso da ferrovia) obedece a uma orientação Leste-Oeste, com uma curva a Nordeste para continuar no sentido Noroeste-Sudeste. A área central, assentada sobre o topo do espigão, está na zona alta.

6. Vegetação- A área urbana é totalmente desmatada, notando-se apenas dois cinturões verdes, ao Norte e ao Sul respectivamente como consequência da monocultura cafeeira, que se estendia até os limites urbanos, pelos espigões. Cobertura vegetal original, constituida de mata pluvial dos planaltos e do Rio Ivaí.

7. Ventos- Dominantes de Nordeste para Sudoeste.

Direção = E

Velocdade = 4,3km/h (média)

8. Limites do Município- Ao Norte: Arapongas, Mandaguarí e Sabáudia. Ao Sul: Rio Bom e Marilândia do Sul. À Leste: Londrina, Marilândia do Sul e Califórnia. À Oeste: Cambira.

Resumo História de Apucarana:

Apucarana foi progetada em 1934 pela Companhia de Terras Norte do Paraná, que colonizou esta região, para ser um dos pólos intermediários e convergentes da produção agrícola, para abastecer os núcleos maiores fundados a uma distância de cerca de 100Km aproximadamenteuns dos outros e que recebiam toda assistência e benefícios.

Embora tenha enviado para cá o mineiro Benevides Mesquita para coordenar a fundação de Apucarana, a empresa não tinha por objetivo investir aqui seu capital, e por isso o seu trabalho se resumiu na demarcação da área urbana e sua divisão em lotes para vendas. Apucarana, evidentemente, ressentiu-se da falta de apoio da empresa colonizadora e posteriormente também da administração do município de Londrina ao qual pertencia. Tudo que aqui se faz nos primórdios do patrimônio, visando incrementar o seu desenvolvimento, se deve unicamente à iniciativa particula.

Mas o espírito empreendedor seus primeiros moradores, oriundos de vários Estados e de várias partes do mundo, se aliou no trabalho fecundo e perseverante e com uma garra indescritível, unidos, não se deixaram abater pelo estado de abandono em que se encontrava e pelo desânimo.

Confiantes na perspectiva de um futuro grandioso, todos se empenhavam com o melhor de seus esforços, formando assim um elo indestrutível que embalou os seus primeiros passos.

Os pioneiros do alto da serra do "APÓ-CAARÃ-ANÃ", e portanto, mais perto do Criador, de onde descortinavam o horizonte longínquo e as belezas em derredor, apesar de todas as privações, sentiam-se reconfortados e adentravam o sertão bruto de machado em punho, abrindo as picadas - apesar dos juntos protestos das pintadas que vagueavam despreocupadamente e das arapongas, cujo cantar estridente no topo das árvores imponentes acoava pelos grotões - fazendo surgir as queimadas e os primeiros ranchos toscos cercados de palmito e cobertos de tabuinhas ou de lona e de chão batido que se enfileiravam às margens das clareiras na mata inóspita, onde hoje se situa a Avenida Curitiba.

As primeiras casas comerciais, para suprir as necessidades básicas dos moradores, a humilde capela, símbolo humano dos quem creêm em Deus onde revigoravam suas forças através da oração, as serrarias e os demais estabelecimentos para o seu conforto, foram se erigindo.

Animados por suas esposas, que igualmente acreditavam num amanhã promissor e que suportavam, sem reclamar, toda a sorte de sacrifícios os ranchos rústicos foram paulatinamente se multiplicando com a chegada de novos moradores, e o patrimônio foi crescendo... e tomando forma e mudando a sua rude paisagem, com a substituição dos ranchos por casas de madeira.

Não acreditando no fatalismo e impulsionados pela agudeza de espírito, os pioneiros desafiavam com sua persistência e perspicácia, o destino que a Companhia colonizadora havia previamente taçado para Apucarana.

Com o desenvolvimento contínuo do patrimônio, novas facetas vieram a se incorporar à sua vida: A poeira avermelhada, que nos dias de sol era o terror das donas-de-casa e que se levantava em grossas nuvens ao passar os veículos ou pelo vento que lhe era característico e que permanece, que não permitia manter suas casas limpas, as ruas lamacentas em verdadeiros atoleiros. Enfim, a falta de energia elétrica, de escolas e de tantos outros melhoramentos, que em sucessivas etapas, foram sendo introduzidos, graças ao despreendimento e à sometória de esforços de seus moradores em busca de melhores dias, alicerçados do binômio trabalho e lealdade, pois estavam compenetrados de que a valorização da comunidade dependia da mobilização de todos e de cada um.

E foi nesse elevado propósito de sentido comunitário, que levou uma plêiade de apucaranenses a se reunir pela primeira vez no dia 15 de maio de 1943, na sede do aguerrido G.E.R.A. - Grêmio Esportivo e Recreativo Apucaranense - de gloriosa tradição nos meios esportivos da região, situada na Rua Professor João Candido Ferreira, onde se encontra hoje o Edifício Stábile, para iniciar a campanha com vistas à emancipação do patrimônio, presidida pelo farmacêutico Eduardo Benjamim Hosken.

Uma das primeiras iniciativas tomadas foi a de fazer publicar no jornal "Paraná Norte", que se editava em Londrina, em sua edição n° 472, de 31 de outubro de 1943, uma ampla reportagem, elaborada pelo Sr. José Ribeiro de Souza, no intuito de divulgar a pretensão e igualmente mostrar os dirigentes do Governo Estadual, a pujança do patrimônio em todos os seus setores de atividades, e com isso, sensibilizá-los pela nobre causa do desmenbramento.

Referida edição foi encaminhada ao Inventor Manuel Ribas, acompanhada de um ofício assinada pelos Sr. Eduardo Benjamim Hosken, José Ribeiro de Souza e Manoel Sardinha Pereira, então presidente, secretário e tesoureiro, respectivamente da comissão pró-municipio, no qual enfatizavam que "a comissão tem a honra de passar às mãos de Vossa Exelência., o número especial do "Paraná Norte", jornal deste município, em cujas páginas o povo de Apucarana, presta a mais justa homenagem a Sua Exelência o Sr. Presidente Getúlio Vargas, A Vossa Exelência e ao nosso operoso Prefeito Major Miguel Blasi" (de Londrina) e sublinhava que por "intermédio das colunas do referido jornal, o povo de Apucarana para o espírito justiceiro de Vossa Exelência, para que torne realidade a nossa emancipação administrativa, com a criação do Município de Apucarana"...

Todavia, um novo alento veio se juntar aos lídimos anseios dos apucaranenses, com a criação da Paróquia, no dia 8 de dezembro de 1943, pelo Bispo de Jacarezinho, D. Ernesto de Paula.

Logicamente, não podemos afirmar que a reportagem foi o único argumento convincente que levou o Inventor Manuel Ribas a criar o município e silmultaneamente a comarca - que não era ainda cogitada - pelo decreto n° 199, de 30 de dezembro de 1943, mas se constitui, sem dúvida alguma numa iniciativa válida, ao apresentar uma análise do crescimento de Apucarana, que não obstante as dificuldades, desenvolvia celebremente e começava a se despontar no cenário estadual, fato que, por certo, não deixou de influenciar na decisão do inventor, que talvez não estivesse suficientemente a par do nosso progresso, devido à falta de uma maior aproximação com Apucarana, que se encontrava bloqueada e "incapaz de comunicar-se com as pessoas, vivendo dentro de uma redoma de vidro", com relação à autoridades estaduais.

Os apucaranenses que receberam a auspiciosa notícia da criação do Município através de um telegrama do Inventor Manoel Ribas, comemoraram o grato acontecimento com grande euforia.

Marcada a data de sua instalação para o dia 28 de janeiro de 1944, os apucaranenses se esmeraram para recepcionar codignamente e carinhosamente o 1° Tenente Luiz José dos Santos, designado para ser o primeiro Prefeito.

A paróquia foi instalada no dia 18 de março de 1944, tendo como primeiro vigário o Padre Francisco Korner e a comarca no dia 19 de abril do mesmo ano, tendo como primeiro titular o Dr. Antonio Franco Ferreira da Costa.

 

Fonte de pesquisa:

"Apucarana"

Dados Históricos 1.989

Administração: José Domingos Scarpelini